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Informática auxilia na visualização de milhares de dados

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Imagine que para conhecer um aspecto da realidade de um município com menos de 50 mil habitantes você tenha que fazer mais de mil perguntas. Com as respostas, também mais de mil, você terá que criar indicadores que “são um conjunto de valores que descrevem um evento de forma simplicada” e que exigem 8 passos. Com certeza você terá um cenário complexo, destinado a especialistas. Agora, vamos “traduzir” a complexidade em algo simples para que o morador deste município possa entender o mundo que ele vive e assimilar essa “matemática” como se fosse uma lista de ações simples como o projeto de reforma de sua casa, sem ter que recorrer a sofisticados cálculos, que provavelmente não o levariam a lugar algum.

Basicamente foi esta a tarefa que Josiel Maimone de Figueiredo e Raphael Souza Rosa Gomes, cientistas de dados, receberam para desenvolver há quase dois anos. Hoje eles comemoram os resultados ao olhar os gráficos “simples” que são gerados a partir de um click do mouse e mesmo sabendo que há muito chão para caminhar, vão tateando, sempre em busca de soluções que revelem uma simplicidade ao povo em geral que só pode ser gerada por um universo de cálculos indescritíveis e habilidades de quem tem intimidades com bancos de dados construído em anos de vivência acadêmica e prática. Josiel é doutor pela USP e há mais de 15 anos convive com a ciência de dados e Raphael aprofundou seus estudos até o doutorado em Física Ambiental. Os dois são professores no Instituto de Computação da UFMT e fazem parte de uma equipe que abriga ainda os professores Elmo Batista de Farias (coordenação do portal) e Nilton Hideki Takagi (gestão) e outros cinco estudantes da área de informática.

Os dois professores mais o estudante Rodrigo Fonseca recebem os dados e fazem o cruzamento de informações fornecidas por equipes de campo, mandando-as cada uma para o seu lugar no programa. Só que, em vez de um município, abrangem os 106 municípios abrangidos no programa de uma forma que a centralização do conteúdo garante a equidade em cada uma das cidades. Até agora já desenvolveram cerca de 10 formulários para cada município que permitem que “equipes diferentes em ritmos diferentes, produzam os mesmos dados necessários para as análises”, explica Josiel.

O resultado vai aparecer em gráficos simples possíveis de percepção, a partir da simples visualização. Juntos já começam a dar uma visão parcial da realidade de 106 municípios do Estado de Mato Grosso. E são estes resultados que passarão a nortear ações públicas para sanar os problemas de saneamento num prazo de 20 anos nos eixos de universalização da distribuição de água, combate às enchentes, destinação de resíduos sólidos (lixo) e destinação do esgoto, transformados no Plano de Saneamento Básico Municipal.

O programa, desenvolvido a partir de softs livres, é armazenado com a tecnologia de nuvem computacional, uma das que foram aplicadas no processo. Além disso, outras técnicas foram desenvolvidas como a plataforma WEB e o Banco de dados, que tornam o processo mais complexo e atestam o know how da UFMT para o desenvolvimento de um grande programa que exigiria trabalho de dois anos para ser completado.

 

Assessoria PMSB

Twitter: @estrelaguianews

 

 

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