O cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do filme Aquarius e protagonista de uma manifestação polêmica durante o festival de Cannes, na França, na qual, junto à parte do elenco do filme, denunciou o impeachment de Dilma como um “golpe”, tem um cargo público que depende de nomeação federal.
Ele é Coordenador do Cinema da Casa do Museu, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco, em Recife. O presidente da Fundação, Paulo Rubem Santiago, um dos fundadores da CUT, pediu demissão no último dia 13.05.
Procurado pela Folha, o Ministério da Educação e Cultura disse que ainda não decidiu se vai demitir Kleber Mendonça, acrescentando que “todo cidadão brasileiro tem o direito de se expressar”.
O Portal da Transparência do governo federal mostra que Aquarius recebeu R$ 1 milhão em dinheiro público por meio do edital BNDES de Cinema de 2014 e que Kleber recebe R$3.800 mensais para trabalhar na fundação. Sua ida à Cannes foi financiada pela Ancine, órgão público que apoia a participação de artistas brasileiros em festivais.
Nesta quinta-feira, 19.05, o colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo, pediu a demissão sumária do cineasta do cargo na Fundação Joaquim Nabuco: “Que se expresse onde quiser e como quiser. O que ele não tem é o direito de usar dinheiro público para difamar o país no exterior e para mentir”, escreveu Azevedo.
Folha e Veja
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