Os preços agropecuários começam a ficar mais favoráveis para os produtores dos Estados Unidos.
Em média, eles receberam 4% mais no mês passado do que em janeiro. A melhora se deu principalmente no setor de lavouras, cuja alta foi de 4,4% no período.
Em relação a fevereiro de 2015, no entanto, ainda não há recuperação. Os preços médios do setor estão 6% inferiores, puxados pela queda de 13% no setor de carnes.
A boa notícia é que os custos de produção caíram 0,4% no mês passado, em relação a janeiro, e 4% ante os de fevereiro de 2015.
Enquanto os gastos dos produtores brasileiros sobem para a safra 2016/17, os números nos Estados Unidos apontam para direção inversa.
Os custos médios com fertilizantes recuaram 12% no mês passado, em relação aos do ano passado, enquanto os gastos com combustíveis caíram 29% no período.
Os preços dos agroquímicos, no entanto, se mantiveram estáveis no período, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Inflação de produtos agrícolas perde força no atacado
A inflação dos produtos agropecuários perde força no atacado, mas ainda é elevada. A variação deste mês foi de 1,63%, abaixo dos 2,37% de fevereiro, conforme dados do IGP-M da FGV.
A pesquisa de preços corresponde ao período de 16 de fevereiro a 15 deste mês.
Apesar desse recuo na taxa mensal, a inflação acumulada em 12 meses se mantém em 18,2%.
A taxa média do IGP-M do período ficou em 11,6%. Essa taxa inclui a variação média dos preços no atacado, no varejo e de construção.
A taxa de inflação do atacado referente ao agronegócio deverá perder força nas próximas semanas. Milho e soja, produtos que puxaram a inflação nos últimos meses começam a cair.
A soja, com o avanço da safra brasileira, o recuo de preços em Chicago e a perda do valor do dólar em relação ao real, caiu 7% neste mês no atacado, conforme acompanhamento do IGP-M.
O milho, ainda está em alta, que foi de 4% no mês, mas já com ritmo bem inferior ao de fevereiro, quando a evolução do cereal havia atingido 18% no atacado.