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Um dos filhos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi bloqueado por 24 horas pelo Facebook por postagens preconceituosas e racistas contra muçulmanos e palestinos. Yair Netanyahu acusou a rede social de atuar como “ditadura dos pensamentos”.
Na semana passada, o Facebook removeu uma publicação do israelense de 27 anos em que ele convocava seus seguidores a “vingar” dois solados israelenses mortos por um palestino da Cisjordânia.
“Vocês sabem onde não há ataques? Na Islândia e no Japão, onde coincidentemente não há muçulmanos”, escreveu o filho do primeiro-ministro, depois de um homem armado ter atirado contra um grupo de israelenses em um ponto de ônibus próximo a um assentamento judaico na região da Cisjordânia na última quinta-feira 13.
Uma postagem anterior, em que Yair dizia que preferia que “todos os muçulmanos saíssem da terra de Israel”, também foi bloqueada pela rede social.
Após ser informado do bloqueio temporário de sua página, Yair usou o Twitter para protestar contra a decisão da rede social, que classificou como “inacreditável”. O filho de Netanyahu postou as imagens das mensagens que recebeu ao ser notificado da suspensão.
Yair também publicou fotos da postagem que fez na rede social logo depois de seu texto sobre buscar vingança dos palestinos ter sido apagado. “Nunca haverá paz com esses monstros na forma de homens que se chamam de ‘palestinos’ desde 1964 [data da fundação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)”, escreveu.
O israelense também reclamou de páginas de organizações palestinas e apoiadores da causa, que em sua visão constantemente produzem conteúdo violento e até ameaçam sua família de morte, e não são bloqueadas pelo Facebook.
“O Hamas, o Hezbollah e o regime iraniano têm páginas oficiais. Há também inúmeras páginas pedindo a destruição de Israel e o assassinato dos judeus. Milhares de posts violentos e extremistas de esquerda contra mim e minha família, incluindo ameaças de violência física”, afirmou. “Tudo isso não viola as regras da comunidade do Facebook.”
À emissora britânica BBC, um porta-voz do Facebook afirmou que o israelense “postou diversas publicações que incluíam discurso de ódio”, violando as regras da comunidade.
O representante da rede social também afirmou que, mesmo após os textos serem deletados, Yair Netanyahu voltou a compartilhar a tela suprimida pela rede social, “que é o mesmo que escrever o discurso de ódio novamente”.
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