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Consultor analisa cenário econômico e faz recomendações a gestores

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O economista e consultor em Finanças Públicas, Raul Velloso, disse em sua palestra sobre gastos públicos e responsabilidade fiscal, durante o 5º Fórum Municípios e Soluções, que  desde 2010 a crise teve início fora do Brasil e que a crise do mercado imobiliário dos EUA espalhou no mercado mundial. Segundo ele, a crise atual é do Brasil que convive com uma  alta taxa de desemprego. A taxa de investimentos caiu e está acentuada nos últimos dois semestres. “Não podemos acreditar que temos que parar tudo e fazer algo para ter a retomada do crescimento”, disse ele.

Para o economista a queda do risco abriu para a queda das taxas de juros e essa queda da taxa é favorável para muitos setores da economia brasileira. “O Banco Central assegurou a variação fiscal e isto é otimista para o mercado. Poderá ser ruim se o lado fiscal não reagir e se a queda de risco persistir. O mundo vive em torno do dólar, mas ele é inconstante. A taxa Selic em queda é um estímulo maior para os setores da nossa economia”, afirmou.

Velloso chamou atenção para a votação da PEC que determina o teto de gastos do poder público. Atualmente os  investimentos estão travados. Eles poderão  ocorrer daqui a sete anos e vão se recuperar no país. A ação do Banco Central é fundamental devido à elevada taxa de juros praticada no país. “Diante da economia atual  não se previu que a crise afetasse tanto a administração e que os gestores não consigam cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, observou.

Na avaliação do economista, a PEC não vai dar errado, pois  desta vez  será discutida qual será a melhor forma de distribuir o dinheiro público. No momento, o governo federal e o Congresso Nacional estão discutindo a previdência com as mudanças. Segundo ele, a Previdência está mal equacionada. ”Além disso, muitos déficits poderão ser gerados nos próximos anos. É uma tarefa difícil e vamos ver que essa reforma da previdência não terá efeito antes de cinco anos”, calculou Veloso.

A previdência é o problema número um do Brasil. Os maiores gastos do governo são com previdência, assistência social e saúde, que representam 70% dos gastos. As regras para a mudança da previdência devem ser olhadas com muita atenção pelo Governo Federal e pelo Congresso.  Velloso recomendou aos novos gestores para conter gastos visando criar condições para fazer investimentos. “Administrar com responsabilidade e critério na receita e despesa”, recomendou.

O mediador do painel do economista Raul Velloso foi o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Neurilan Fraga. Ele disse que os gestores que estão terminando o mandato não devem ser penalizados por conta da crise financeira e fiscal, e nem os novos que vão assumir a partir de janeiro. Segundo ele, os prefeitos eleitos também vão enfrentar os problemas. “Tivemos dois governos de Dilma e Temer. Os prefeitos conviveram com a queda de arrecadação, diminuição nos repasses de recursos da União, além do subfinanciamento dos programas federais. Os municípios acabaram arcando com parte das obrigações financeiras do governo. E não foram feitos os investimentos”, afirmou.

 

Agência de Notícias da AMM

Twitter: @estrelaguianews

 

 

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