Secretaria de Assistência leva atendimento aos moradores do Coxipó do Ouro

A população da região do Coxipó do Ouro, zona rural de Cuiabá, recebeu nesta quarta-feira (20.04), os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculo – SCFV, desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano. Foram feitos cerca de 60 atendimentos, sendo 25 de Cadastro Único, para posterior inclusão nos programas sociais do governo federal. Nesses atendimentos, a equipe realizou 04 visitas à famílias compostas por menores com indicadores de maus-tratos, onde foram constatados, nos casos de maior vulnerabilidade, duas suspeitas de abuso sexual e um caso de abandono de incapaz.

O secretário de Assistência, José Rodrigues Júnior, destacou a importância de realizar essas ações nessas regiões. “É de extrema relevância que o município leve as ações como essa às áreas rurais da capital, uma vez que essa população tem dificuldade para chegar aos pontos de atendimento da capital. Essas atividades socioeducativas e socioassistenciais, criam um vínculo com a comunidade e isso nos auxilia no desenvolvimento do trabalho e também a conhecermos melhor a realidade dessas crianças. E todo esse processo traz um amparo também às escolas, pois juntos conseguimos combater esses casos tão delicados, como o abuso sexual de menores,” evidenciou.

Sobre as visitas, a partir das denúncias de maus-tratos, feitas por educadores da escola local, a coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Neise Velasco, do Jardim União, que atende a região, explicou que a equipe recebeu as denúncias dos educadores e logo, se descolou até as residências para averiguação da situação. No primeiro caso, o de abuso sexual, segundo Neise, foi negado pelos membros da família dos menores. Devido a isso, a equipe, junto com o corpo de educadores, vai acompanhar de perto, os procederes das crianças – dia a dia, comportamento, entre outros. No segundo caso, ela pontua que três crianças estão sendo deixadas sozinhas em casa pelos pais, que relataram que precisam trabalhar e não tem com quem deixar os menores.

“Nesse primeiro contato, as famílias receberam orientações com todas as pontuações do que pode acontecer caso as denúncias venham se confirmarem ou continuem, no caso do abandono. Em ambos as situações faremos acompanhamentos semanais nas residenciais. As famílias receberam toda assistência para tratar o problema, atentando sempre ao bem estar e proteção dos menores em questão”, esclareceu.

Ainda segundo Neise, após as primeiras visitas a equipe apontará como está procedendo os casos denunciados e se constatados que as famílias não acataram as orientações, então as denúncias serão encaminhadas ao Conselho. “Fazemos de tudo para que não tenhamos que seguir para outras instancias jurídicas, pois sabemos que é um desgaste para as crianças. Só tomamos essa atitude quando os indicadores não apontam para uma solução dentro do ambiente. Claro que no caso de abuso sexual, que é uma situação mais delicada, fazemos um trabalho a parte e se constato o caso, os menores são  imediatamente recolhidos  e encaminhados para abrigos, onde terão a segurança necessária e todo  atendimento para recuperação”, ressaltou.

Na ocasião a equipe também panfletou matéria de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Orientou a população de como se prevenir e cuidar de seus quintais.

 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/SCFV

É um trabalho resultante do reordenamento disposto na Resolução CIT nº 01, de 21 de fevereiro de 2013, que unificou os Programas de Erradicação do Trabalho Infantil, Programa Projovem Adolescentes e Programa de atendimento em Grupos para Pessoa Idosa. Trata-se de um serviço socioassistencial e socioeducativo, em que se propõe prestar apoio efetivo prestado à família, através da inclusão em programas de transferência de renda e na rede de serviços para acessar os direitos básicos de cidadania. E, trabalhar  com as famílias enquanto sujeitos socioculturais, com suas histórias e projetos, fazendo reflexão sobre o cotidiano e formas de organização da família para promover suas capacidades e autonomia.