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Banco Mundial apoia o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar em Mato Grosso

 

Da assessoria 

Washington (EUA) — O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou, no início da noite de segunda-feira (dia 5), um projeto que visa a ajudar 15 mil agricultores familiares mato-grossenses a expandir seu acesso a mercados agrícolas competitivos, aumentar sua resiliência às mudanças climáticas e melhorar suas capacidades de gestão territorial e ambiental.  

O projeto Mato Grosso Produtivo, de US$ 100 milhões, pretende propor soluções para os principais desafios enfrentados pela agricultura familiar no estado: baixa integração a cadeias de valor competitivas; vulnerabilidade às mudanças climáticas; impactos da degradação florestal e do desmatamento; e limitados conhecimentos, capacidade e acesso a recursos de financiamento para implementar melhorias nas unidades de produção agrícola de forma a enfrentar esses desafios. O projeto beneficiará os agricultores familiares e suas respectivas organizações de produtores.  

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil e coberto principalmente pelos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, Mato Grosso desempenha um papel significativo na economia nacional. Além de ser o terceiro maior estado do país em área (903.357 km2) e abrigar cerca de 3,6 milhões de pessoas (1,7% da população brasileira), Mato Grosso contribui com cerca de um oitavo do produto interno bruto (PIB) agrícola nacional. A agricultura representou 21,4% do PIB estadual em 2022. O PIB per capita do estado — cerca de R$ 50 mil (ou quase US$ 10 mil) — é o terceiro maior entre as 27 unidades federativas brasileiras.  

Apesar do elevado PIB per capita do estado, a pobreza e a desigualdade são problemas persistentes em Mato Grosso. As zonas rurais do estado registram níveis de pobreza quase quatro vezes superiores aos das zonas urbanas (27% versus 7%, respectivamente). A renda está concentrada nos municípios produtores de commodities para exportação, principalmente no bioma Cerrado. Há uma sobrerrepresentação de povos indígenas, quilombolas (descendentes de ex-escravizados) e outros povos e comunidades tradicionais nas áreas rurais mais pobres de Mato Grosso, que abrigam 87 terras indígenas (pertencentes a mais de 44 mil povos de diferentes etnias) e 71 comunidades quilombolas. O projeto, cujo foco é ampliar as oportunidades disponíveis para esses grupos, bem como para as mulheres e os jovens, pretende fomentar a inclusão econômica e o desenvolvimento.

 “Em Mato Grosso, a maioria dos agricultores familiares não está vinculada a organizações econômicas, produtivas ou comerciais, como, por exemplo, cooperativas e associações. Apenas uma minoria atua nos mercados internos, sendo que muitos alocam uma grande parte da produção para seu próprio consumo e comercializam eventuais excedentes de forma irregular”, afirmou Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil. “Ao apoiar a adaptação tecnológica e climática, este projeto deve ajudar os agricultores familiares a elevar sua renda e a integrar mais plenamente as suas atividades agrícolas às cadeias de valor locais, melhorando permanentemente sua prosperidade futura.”

 O projeto será implementado ao longo de seis anos. O financiamento total consiste em um empréstimo de US$ 80 milhões do Banco Mundial e US$ 20 milhões de recursos de contrapartida do estado de Mato Grosso.

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