Por: Marcos Lemos
Após ter sido denunciado e ter as contas bloqueadas por decisão da Justiça Federal em Mato Grosso no mês de janeiro passado, novamente o deputado Wilson Santos (PSDB) que é líder do Governo na Assembleia Legislativa é responsabilizado pelas obras do Rodoanel, da ETA Tijucal e da Canalização do Córrego do Barbado.
Tanto a Justiça Federal, quanto agora a Justiça Estadual apontam para irregularidades nas obras do Rodoanel, sendo que a decisão federal bloqueou os bens até R$ 22,9 milhões.
No caso da Justiça de Mato grosso, o juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Popular, Luiz Aparecido Bortolussi acolheu ação na qual o ex-prefeito é suspeito de ter direcionado lotes da licitação para beneficiar a Construtora Conspavi em três obras de infraestrutura, o Rodoanel, a ETA Tijucal e a Canalização do Córrego do Barbado durante o ano de 2005.
O valor estimado para essas obras era de R$ 88,8 milhões, sendo que o Ministério Público aponta que no edital que convocada às interessadas para a concorrência pública, a Prefeitura de Cuiabá afirmada que as obras iriam realizar as mesmas com recursos próprios, sendo que o mesmo só possuía R$ 12,1 milhões consignados em seu orçamento às obras.
Recentemente, após embates públicos, Wilson Santos, declarou da tribuna da Assembleia Legislativa que iria comprovar a não existência de irregularidades e a lisura em todos os processos licitatórios, bem como nas obras do Rodoanel, já que tinha conhecimento apenas da denuncia e da ação na Justiça Federal.
Agora com a nova ação civil acolhida pela Justiça Estadual, o ex-prefeito e deputado estadual terá que se desdobrar para se defender das acusações, já que ainda não foi totalmente sanada perante o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, a tomada de conta especial instalada internamente e que será apreciada pelo Tribunal de Contas da União – TCU, por se tratar de uma obra federal que foi delegada a competência e execução do Município de Cuiabá que além de não realizar a mesma ainda a devolveu ao Governo Federal.
Diário de Cuiabá