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Ressonância magnética auxilia o tratamento do câncer de próstata

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O câncer de próstata está entre os três tipos de câncer com maior incidência no Brasil, sendo o mais comum em homens e a segunda causa de morte relacionada a cânceres no País, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). O Instituto prevê para os anos de 2016/2017 mais de 61 mil novos casos da doença. Por se tratar de uma patologia exclusiva para os homens e rodeada de tabus, o diagnóstico muitas vezes é tardio, o que pode dificultar o tratamento.

De acordo com Dr. Lamartine Júnior, médico radiologista que integra o corpo clínico do laboratório Cedic Cedilab, muitos homens não têm acesso a informações sobre a doença e têm muita resistência em relação ao exame de toque. “O exame de toque retal e dosagem de PSA são fundamentais para o rastreamento e diagnóstico precoce da doença e todo homem acima de 40 anos deve fazer acompanhamento anual com um urologista”, destaca o especialista.

O exame de ressonância magnética da próstata pode trazer informações adicionais aos exames de rotina, auxiliando na identificação e melhor caracterização da doença. “Esse método gera imagens em alta resolução, o que possibilita uma melhor visualização dos tecidos de forma não invasiva. Ele oferece informações importantes e se tornou um método de imagem poderoso na localização e no estadiamento desse tipo de câncer. Além disso, os dados obtidos pela ressonância magnética podem direcionar o tratamento da doença”, afirma.

Para o especialista, o diferencial deste exame é a capacidade de avaliar a morfologia da próstata com excelente resolução e a possibilidade de avaliar o comportamento biológico dos tecidos. Essas informações podem evitar procedimentos mais agressivos, melhorando a classificação de risco dos pacientes e facilitando a decisão pelo tratamento adequado. “A utilização da ressonância não se limita ao auxílio à detecção do câncer. O exame apresenta potencial para determinar se a lesão é clinicamente significativa, permitindo a correta seleção de tratamento e consequentemente diminuindo a morbidade e mortalidade da doença ”, relata Dr. Lamartine.

Sobre a ressonância magnética da próstata

O exame dura em média 30 minutos e o ideal é ser realizado em pacientes que ainda não se submeteram ao procedimento da biópsia. “O aconselhável é fazer a ressonância magnética antes da biópsia ou esperar aproximadamente um mês de sua realização. Isso por que a biópsia pode gerar áreas de sangramento, o que pode influenciar na interpretação das imagens”, aconselha.

Independente da forma de diagnosticar a doença, o especialista ressalta a importância da detecção precoce do câncer e a realização de métodos de prevenção. “O homem precisa entender que a saúde vai além do físico corporal. O exame de toque e os demais meios de diagnóstico e prevenção ao câncer de próstata são imprescindíveis para uma vida saudável. Somente a detecção precoce e o correto tratamento para a doença serão capazes de melhorar o seu prognóstico. Daí a importância do acompanhamento frequente com o médico urologista”, conclui.

 

Assessoria

Twitter: @estrelaguianews

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