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Petrobrás nega atraso em plano de desativação de plataforma que vazou

Petrobrás negou que tenha atrasado a entrega do plano de desativação de plataforma flutuante que, nesta semana, despejou 4,9 mil litros de óleo no mar do Rio de Janeiro, em decorrência de um acidente que ainda não teve a sua causa esclarecida. O vazamento do tanque da plataforma Cidade Rio de Janeiro criou uma mancha de óleo de pelo menos 38 km, por 20 metros de largura.

O plano conclusivo de desligamento da plataforma flutuante da Petrobrás só foi entregue ao Ibama cinco meses depois que a estatal protocolou seu plano original de desativação junto ao órgão ambiental. A estatal, conforme apurou o Estado, protocolou seu plano original de “descomissionamento” da plataforma em junho de 2018. Uma versão final para execução dessa desativação, no entanto, só foi entregue junto ao Ibama em dezembro. A estatal argumentou que houve uma “série de discussões técnicas a respeito da proposta” original.

Por meio de nota, a Petrobrás informou que não houve atraso em sua proposta de desativação. “O plano de descomissionamento – termo técnico para desativação e remoção de uma plataforma de sua locação – foi apresentado ao Ibama em junho, tempestivamente, portanto, em relação ao pedido de descomissionamento” informou.

Segundo a petroleira, “pelo fato de o conjunto de regras que regem o processo, em termos ambientais, ainda estar em processo de construção no Brasil, uma série de discussões técnicas junto ao órgão ambiental foi desenvolvida. Para viabilizar a evolução das discussões, a Petrobras decidiu, então, revisar o plano apresentado inicialmente.”

O acidente ocorreu em uma plataforma que estava desativada, localizada no campo de Espadarte, na Bacia de Campos. O Ibama e a Petrobrás confirmaram a informação ao Estadão/Broadcast. Segundo o órgão ambiental, uma equipe de avião foi deslocada na quinta-feira, 3, até a região para monitorar, por meio de sensores, a extensão do problema.

A estatal informou que o Ibama ainda não se posicionou sobre o projeto de desligamento. “A Petrobras reitera que aguarda a formalização do Ibama quanto à avaliação do plano apresentado.”

A responsabilidade pela operação e manutenção da FPSO Cidade Rio de Janeiro era da empresa japonesa Modec, contratada pela Petrobras para administrar a plataforma. O Ibama já informou que vai punir a estatal por conta do dano ambiental. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro também deverá ser acionado para abrir processo criminal devido ao incidente.

Nesta sexta-feira, o Ibama informou que mergulhadores faziam o “tamponamento do furo”, como medida definitiva. “Até o momento não há indicativo de chegada de óleo nas praias da região e não foram avistados animais atingidos pelo vazamento”, afirmou a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.

 

Estadão

Twitter: @estrelaguianews

 

 

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